Ricardo Almeida



As comemorações do Dia Mundial do Meio Ambiente deste ano ocorreram em um momento difícil, quando muitos acontecimentos assolam todo o planeta. Há expectativas de muitas transformações a partir de tantos impactos evidenciados nos últimos tempos.             

Atitudes individuais e coletivas passam por uma reflexão importante para se adaptarem a um novo cenário da vida. A iniciativa privada busca adaptações em suas formas de produção e prestação de serviços aos seus clientes. Os consumidores alteram sua postura e seu grau de exigência a partir de então e a sociedade civil organizada faz uma leitura de todo esse movimento, buscando mobilizar competências para fortalecer o engajamento das pessoas em soluções demandadas por todos os lados. 

Talvez seja o lado bom possível de enxergar em um momento dominado pelo vazio das famílias que perderam entes queridos, pelo desespero do pequeno produtor que não conseguiu se manter em meio a tantas quedas financeiras e pela lacuna que se instalou na educação das nossas crianças, jovens e adultos, os quais, juntamente com seus professores, tiveram que se reinventar diante desse furação desgovernado, que já vinha sendo anunciado e ganhou dimensão com o advento da pandemia. 



Os esforços são redobrados para que realmente haja uma transformação positiva no mundo. Se isso é um sinal de esperança, dele não devemos abrir mão. Novas ideias surgem para amenizar os desafios e até aqueles que não tinham contato habitual com as tecnologias, mudaram de fase e, hoje, já são praticamente experts em algum aplicativo da internet. A duras penas, o caos do momento mostra que é possível avançarmos naquilo que dedicamos e, certamente, isso não vai retroceder quando “a chuva passar”. 

Por isso, é importante que todas as pessoas estejam envolvidas na mesma causa: a cura do nosso planeta. No entanto, a hora pede ações coletivas para não deixar para trás aqueles que até então eram invisíveis na sociedade: o pequeno produtor que resiste no campo, o homem da cidade que dorme na rua, a criança que ainda não conheceu a verdadeira infância, o idoso que não recebe respeito depois de tantas histórias na vida. 



Nosso meio ambiente tem um pouco de tudo isso e a transformação que pede passagem atinge cada uma dessas temáticas que a ele se vincula.  Talvez a grande mola propulsora para que, de fato, isso aconteça seja nossa própria mudança em assumir uma nova postura política de agora em diante sobre questões que estão dentro e fora da nossa própria casa. Esta sim será a grande transformação no nosso meio, embora derivada da experiência cruel que ainda estamos passando. 

É isso! E se você ainda não mudou de fase, agora sabe por onde começar.


Ricardo Almeida

Doutor em Ciência, Tecnologia e Sociedade. Mestre em Inovação Tecnológica. Especialista em Gestão de Pessoas e Negociação Coletiva. Atua nas áreas de Desenvolvimento Humano e Educação Ambiental. 


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