O superintendente “é o cara”
Pego emprestada a expressão dele “é o cara” para definir o jornalista, memorialista, escritor Jorge Alberto Nabut como superintendente do Arquivo Público de Uberaba (APU). Ele tomou posse numa manhã de fevereiro, na sede da entidade, rodeado por grande grupo de amigos e agentes culturais da cidade. Além das formalidades adequadas ao momento, a história de Jorge Alberto foi brotando nos diálogos pessoais dos presentes, que revelam o significado da construção cultural, artística e afetiva que ele pavimentou na vida. Sua importância foi sendo tecida e costurada nos desejos autênticos de boa sorte ao Superintendente Jorge Alberto Nabut.
Novos imortais na ALTM
Pode-se dizer que a Academia de Letras do Triângulo Mineiro (ALTM) está com renovada movimentação. Dia 11 de janeiro deste ano dois novos acadêmicos foram eleitos, alicerçados em normas estatutárias. Ani de Souza Arantes dos Santos assume a cadeira anteriormente destinada a Thomaz de Aquino Prata (padre Prata). Jornalista e memorialista Luiz Gonzaga de Oliveira sentará na cadeira antes ocupada por Manoel da Costa Filho. Para o presidente da ALTM, João Eurípedes Sabino, a chegada dos dois “imortais “representa um ponto marcante na história da Instituição. “Nunca um pleito eleitoral fora disputado na ALTM com a presença de seis candidatos para duas vagas como foi o caso”. Ele esclarece que os Acadêmicos Arahilda Gomes Alves e Gilberto Andrade Rezende, em reunião realizada em fevereiro, deram boas-vindas aos eleitos, demonstrando o acolhimento afetivo que a Academia dispensa a eles. O Acadêmico Cícero Domingos Penha residente em Uberlândia, eleito em 2017 para ocupar a cadeira então de Ernane Fidelis dos Santos, recebeu as mesmas deferências através do Acadêmico Guido Bilharinho. Cada novel Acadêmico, diz o presidente, que passa pelos umbrais da Academia traz consigo um cabedal de ideias e sugestões que sempre somam e resultam em grandes realizações. Daí porque sempre lhes depositamos confiança e valorizamos a colaboração oriunda deles. “É desejo de todos nós Acadêmicos anfitriões, que os novos confrades possam dar de si para a Academia na certeza de que a recompensa imaterial virá. Ani e Gonzaga desfrutam de excelente conceito perante a comunidade; credencial essa que conquistaram não só devido às pessoas que são, mas também pela produção literária contínua de cada um".
Egito no Brasil
Quem é apaixonado por história antiga certamente não vai perder a exposição sobre Egito: do cotidiano à eternidade no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB) de São Paulo. Depois de ser vista por quase 1,5 milhão de pessoas a exposição permanece na capital paulista até 11 de maio deste ano. A mostra conta com 140 peças, do acervo do Museu Egípcio de Turim. Muitos objetos sacros, fragmentos de documentos, pinturas, esculturas, amuletos, podem ser vistos pelos visitantes. Eternidade, vida e religião compõem as três seções da exposição. Um pouco da história dos habitantes do Vale do Nilo (rio mais extenso do mundo) é apresentada, incluindo a prática dos funerais daquele povo.
200 anos
A história continua ...
Um bebê do bicentenário. Enquanto muitos cantavam, homenageando os 200 anos de Uberaba, em dois de março de 2020 nascia mais um filho da terra fundada por Major Eustáquio. Lorenzo de Oliveira Moreira foi louvado por seus pais Aryane Ferreira de Oliveira Moreira e Anderson Moreira. O primeiro filho do casal foi recepcionado com muita emoção e agradecimento. Por acreditarem em Uberaba, os pais a escolheram como berço pátrio para o novo descendente. O bicentenário da cidade foi celebrado com rica programação cultural e artística. O significado da data ampliou pesquisas e estudos sobre a formação e evolução do município.
A música em livro
A música habita nela desde sempre. Os gestos, a postura, a voz são sempre musicais na pianista, maestrina, regente e escritora Olga Maria Frange. Tive a alegria de entrevistá-la no Programa Movimento para falarmos sobre seu livro “Pioneiros da História da Música em Uberaba”, que traz uma coletânea dos principais nomes que compõem essa inédita obra da arte musical na cidade. Ela pesquisou nomes de realce não só local, mas de repercussão nacional. Citamos aqui: Charles Parton, Major Antônio Cesário da Silva e Oliveira, Renato Frateschi, Rigoleto de Martino, Antenógenes Magalhães, Joubert de Carvalho. Sobre o livro, Olga Frange diz: “através dele Uberaba amplia suas fronteiras na virada do século XX e toma a dianteira no cenário artístico-musical, tornando-se celeiro de grandes astros e compositores que deixaram um rastro de realizações no Triângulo Mineiro, Belo Horizonte, São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro”.
Evacira Coraspe
Assessora de Comunicação e jornalista da Câmara Municipal de Uberaba. Coordenadora e apresentadora do programa Movimento da TV Câmara. Idealizadora e coordenadora do projeto “Arte na Chita – Bordados Terapêuticos”.