Arthur Matos


Fotos: Arthur Matos


Em meio a esses dias pandêmicos, parei para pensar no que poderia escrever sobre a Fotografia que extrapolasse o óbvio e acabei lembrando que o óbvio é extremamente subjetivo. Ou seja, por mais que para mim esteja claro, pode não estar para várias pessoas. O fato de eu estar envolvido de toda forma com a imagem, me faz perceber coisas que estão bem definidas para mim, mas que podem não ser para pessoas de fora do contexto. É a mesma dinâmica que falei sobre “outra perspectiva”. Mostrar outro lado ou um jeito diferente de olhar ao assunto é a minha missão com a Fotografia. 

Nessa premissa, cabe também o papel da arte nesses tempos conturbados de evitar aglomerações, se cuidar e se afastar fisicamente de pessoas que gostamos e que faziam bem de estar próximas. Toda a ansiedade e angústia que isso pode gerar é algo muito perigoso, danoso para a saúde mental e corporal. Temos que estar atentos para evitar que isso nos prejudique. Vi quem caiu de cabeça em filmes, séries, livros como também quem tentou se desenvolver em alguma área que nunca antes tinha colocado energia e tempo e que trouxe muita satisfação. E gerar arte também é uma alternativa para se ter um novo hobby. 

Como a minha vida é a imagem, venho mostrar as possibilidades que a Fotografia pode ter, focando a sua visão em olhar o mundo a sua volta com mais cuidado. 



E não digo que é algo que seja necessário algum equipamento em especial, até mesmo porque temos sempre à mão uma câmera de bolso que consegue muito bem registrar o que quisermos se tivermos a noção do que ela consegue fazer. Então as fotos que mostrarei são feitas com o celular mesmo, apenas com a oportunidade e a vontade de ver algo que agrade os seus olhos, que gere um sentimento instantâneo e lhe traga satisfação de alguma forma. 



Gosto muito de formas, padrões, minimalismo, que nada mais é do que organizar o enquadramento de um jeito que a harmonia aconteça. Tem uma fórmula para fazer as fotos? Até pode encontrar tutoriais, gráficos, mas o importante mesmo é registrar, sentir, criticar-se para fazer o melhor a cada clique que vá acontecendo nos seus dias.  



Como de costume, quero lhe convidar a tentar olhar com sentimento, um pouco de técnica e bastante satisfação. Pode não sair de primeira, mas com certeza irá conseguir! A dica que dou é: procure a luz (o celular precisa para conseguir melhores cliques), tente ver como ela se comporta, experimente ângulos, tente evitar de dar muito zoom caso seu smartphone/ iphone não tenha uma lente própria para isso. Não desista se não sair como o esperado. O processo também é parte da cura e crescimento. 


Arthur Matos

Fotógrafo, publicitário, professor de Fotografia, criador do Projeto Nuances. Siga Arthur no Instagram. Acesse o site dele ou envie um e-mail para arthurmatosc@gmail.com. 


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