Marcos Moreno
A comemoração de cada um!
O governador de Santa Catarina Carlos Moisés da Silva emocionou o público com um vídeo publicado nas suas redes sociais contando sobre a morte de Tobias, seu cachorro que morreu após se assustar com os fogos de artifícios na noite desse Réveillon.
“Infelizmente, essa prática ainda é comum e tira a vida de animais, além de prejudicar os autistas, idosos, entre outros. É importante conscientizar as pessoas a usarem apenas fogos de artifício sem barulho”, escreveu o governador na sua publicação. Tobias não teve ferimento, mas foi encontrado morto no pátio da casa, em Florianópolis.
Foto: Instagram Carlos Moisés
No vídeo, Moisés fala que “chamou bastante atenção o quanto os animais sofrem com a questão dos fogos de artifício com som”. E completa: “a gente até está pensando em alguma coisa para estimular os fogos de artifício, talvez, com cores, luzes, e desestimular o uso de fogos com esse barulho todo porque tem asilos, hospitais, enfim, uma série de instituições que sofrem com o disparo de fogos de artifício”.
Governador de Santa Catarina, Carlos Moisés da Silva
Parceiro publicitário: Moreno Pet Blog
Por aqui
Esse fato foi publicado pela Ong ANDA e, quando li achei oportuno para ilustrar o que gostaria de dizer sobre nossa cidade. Há anos corroboro com campanhas, muitas delas encabeçadas por Ongs locais - no caso me refiro a campanhas criadas pela Ong SUPRA - além de qualquer movimento de qualquer origem contra a soltura de fogos de artifício com estampidos por ocasião das festas de final de ano. As tradicionais “queimas de fogos” para mim sempre representaram o horror que os animais passam para o “prazer momentâneo” do ser humano. Momentâneo e absurdo. Em agosto de 2020 meu cachorro morreu e, entre infinitos e insondáveis pensamentos estava a constatação que nesse ano fatídico, por causa da pandemia, ele iria ter uma tranquilidade porque ninguém, em sã consciência iria “comemorar” um ano desses com fogos de artifício. Ele não foi realmente perturbado, naturalmente. Mas sim, as pessoas ainda insistiram em soltar fogos barulhentos que pude constatar com perplexidade e a pergunta de sempre, aumentada na dosagem da situação: “por quê?”. A despeito das campanhas. Da sacada do apartamento onde estava presenciei mais de um cão desesperado, fugindo desnorteado dos barulhos dos rojões.
Constatação
Constatação pessoal: não há pandemia ou tragédia que acalme o egoísmo do ser humano, até na forma de se expressar. Eu prefiro comemorar qualquer coisa com um olhar dócil e o afago amigo de um cão. Afinal, cada pessoa interpreta “comemoração” como entende que isso seja.
Marcos Moreno
Comunicador, colunista, criador da Coluna Amigo Animal e do Moreno Pet Blog. Siga o Marcos no Instagram, Facebook e/ ou lhe envie um e-mail (kiktiomoreno@terra.com.br).
* Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da Revista Mulheres. O conteúdo é de total responsabilidade da autora.