Nathalia Marinelli 


Apesar de ainda engatinharmos rumo à sustentabilidade no mundo da moda, 2020 nos trouxe muitos aprendizados e em 2021 já sentimos muitas marcas nesse movimento. 

Os críticos da moda dizem que a indústria não entende nada de sustentabilidade. Eles afirmam que o approach ainda é elitista e que todo o esforço para melhorar está focado nas prioridades erradas. 



Preocupados e alarmado pela lentidão da indústria em relação à crise climática, experts em sustentabilidade estão focados na questão-chave: a indústria produz demais. Melhorou as práticas existentes de produção, aumentou os preços além do poder de compra dos consumidores médios e se concentrou em mudanças extras em vez de – ou com distração para – transformações mais profundas e em grande escala. “Me parece injusto que a maior parte da população não tenha o direito de participar da cultura da moda sustentável por não ter como pagar por ela”, diz Luna, uma das fundadoras da Adiff, marca de roupas e acessórios que utiliza materiais que seriam descartados e ainda emprega refugiados na sua fábrica grega. “Nosso objetivo é achar um jeito de democratizá-la.” 



Começar a criar com materiais que foram descartados tem potencial de baixar o preço de venda de roupas feitas de maneira eco-friendly, mas o que precisa ser revisto é que, geralmente, custa mais que a média para poder cobrir gastos com certificação orgânica, por exemplo, ou novo processos de tingimento. Infelizmente, o fato de muitas pessoas não poderem comprar moda sustentável faz com que esses esforços sejam antiéticos. 

Para um futuro sustentável, a moda precisará reaproveitar seu lixo, se adaptar ao modelo de negócios e mudar a relação entre marcas e consumidores.



Nathalia Marinelli

Designer e Branding de Moda. Formada em Design de Moda e especialista em Marketing Digital, Branding de moda (ESPM SÃO PAULO), Instagram (ESPM SÃO PAULO), Moda e Internacionalização (IED MILÃO) e Moda e Storytelling (ESMOD PARIS). 

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