Nathalia Marinelli
Somente a indústria têxtil gera, anualmente, cerca de 175 mil toneladas de resíduos no país, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit). Não à toa, cada vez mais as pessoas estão antenadas no que vestem, pensando em um consumo mais consciente.
A indústria têxtil é a segunda em consumo de água e responde por cerca de 10% da emissão de gases-estufa, além de despejar 500 mil toneladas de resíduos nos oceanos por ano, segundo a Organização das Nações Unidas Meio Ambiente.
Mas aplicar o conceito de moda sustentável no dia a dia não é tão simples quanto parece. Além de pensar nos pilares da sustentabilidade – social, econômico e ambiental -, é preciso ir além e considerar a cadeia produtiva como um todo: o plantio, a colheita, o processo de tingimento, o deslocamento, o uso da peça, o desuso, as condições das pessoas que trabalham, entre outros pontos.
É complexo mesmo, exige muito questionamento e autoconhecimento, mas não é impossível e pode trazer benefícios ao meio ambiente.
Por onde começar?
Conscientizar-se é um dos primeiros passos. Mas não adianta apenas buscar empresas que carregam o selo eco ou de moda sustentável e não saber se elas aplicam o conceito em todos os processos. Nessas horas, informação, pesquisa e conhecimento ajudam a encontrar os melhores locais para compras.
Autoconhecimento também é fundamental. Saber suas necessidades, as peças que realmente precisa e evitar as compras por impulso já ajuda a frear o fast fashion: fabricação, consumo, descarte acelerado e a renovação constante do guarda-roupa.
Second hand & brechós
Consumir peças de segunda mão para quem quer se vestir de forma responsável e com menos impacto é uma das melhores alternativas. Segundo o Sebrae, o número de brechós e estabelecimentos que vendem peças usadas cresceu 210% nos últimos anos. Esse “estouro” se deve aos novos olhares dos consumidores em relação a roupas.
Dicas importantes:
Nathália Marinelli
Designer e Branding de Moda. Formada em Design de Moda e especialista em Marketing Digital, Branding de moda (ESPM SÃO PAULO), Instagram (ESPM SÃO PAULO), Moda e Internacionalização (IED MILÃO) e Moda e Storytelling (ESMOD PARIS).