Dinha Resende ressignifica a arte de bordar
Jornalista Isabel Minaré
Foto Paulo Lúcio
O bordado é uma técnica na qual agulha e linha decoram artigos têxteis. Antes simples e pequena, agora a atividade é reconhecida como uma expressão cultural por direito próprio. Criatividade, talento e tecnologia transformam tecidos em verdadeiras obras de arte. Dinha Resende decidiu investir no ramo e criou a Bordadinha. Ela encontrou no processo a união de duas paixões: desenho e costura.
No mercado desde 2016, a Bordadinha surgiu para bordar uniformes. Aos poucos, Dinha investiu em cursos e máquinas e acumulou aprendizados e experiências. Paciente, dedicada e perfeccionista, a empresária escolheu trabalhar com maquinários importados supermodernos. A tecnologia de ponta é uma excelente aliada para produzir peças bonitas, delicadas e bem-acabadas de forma rápida, precisa e eficaz.
Itens impecáveis e de alta durabilidade e a grande demanda fizeram a bordadeira expandir o leque de mercadorias. Além de uniforme, jaleco, avental e colete, ela borda jogo de lençol, toalha de mesa, jogo americano, caminho de mesa, pano de prato, toalhas de banho, rosto e mão. Com as melhores matérias-primas e o design exclusivo e moderno, eles deixam a sala, a cozinha, o quarto e o banheiro mais bonitos e aconchegantes. O número 1 em vendas é o kit de bebê, composto de manta, toalha fralda, toalha com capuz, três fraldas de boca e um travesseiro para a porta do quarto na maternidade.
A união entre o talento da Dinha e a eficiência das máquinas de última geração produz um bordado impecável
O diferencial da Bordadinha é a personalização. “Trabalho por encomenda. Os clientes escolhem o tipo, a forma e as cores que dão um toque único e exclusivo a cada bordado”, afirma a empresária. Para facilitar a decisão, ela dispõe de catálogos com diversas opções de desenhos, letras, brasões, molduras e símbolos. Seja para uso pessoal, seja para presente, as peças envolvem amor, carinho e encanto. Presentear, aliás, em tempos de pandemia, recebeu um sentido maior de proximidade. O ato de brindar alguém é capaz de transmitir um sentimento de felicidade para quem doa e quem recebe. É um sinal de ternura, estima e consideração, não importa o motivo ou a época do ano. Fica melhor quando o presente é personalizado, ou seja, pensado, criado e executado especialmente para aquela pessoa. O resultado é o reflexo da personalidade como meio de expressão.
O artesanato é uma das representações culturais. Filha de um dos maiores folcloristas do Brasil, o também empresário Gilberto Rezende, Dinha usa a habilidade artística para preservar, estimular e difundir a identidade do município. Igrejas (Catedral Metropolitana, Nossa Senhora da Abadia, São Domingos, Mosteiro de Nossa Senhora da Glória, Paróquia do Santíssimo Sacramento), atrações turísticas (Parque Fernando Costa, Peirópolis, prédio do Paço Municipal Major Eustáquio), associações e a belíssima Casa do Folclore foram eternizadas em seus exemplares. “Amo Uberaba e faço questão de valorizá-la”, confessa. Da mesma forma, ela destaca fazendas, casarões e residências antigas, inventariadas, tombadas e que até foram demolidas, mas que marcaram o desenvolvimento econômico e industrial da cidade. Os trabalhos assumem significados históricos e afetivos para as famílias e são consequências de um processo inspirador e especial.
A bordadeira utiliza a internet como loja. Ela faz das redes sociais meios de exposição e comercialização de produtos. Tem que se dividir em muitas para dar conta de atendimento, criação, confecção, distribuição e marketing. A meta é fazer com que o consumidor viva uma experiência completa em todos os aspectos. Da recepção à entrega, tudo é importante para a fidelização e indicação para outros clientes.
A marca ultrapassa fronteiras e já chegou em outras regiões de Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Rio de Janeiro, Distrito Federal e Espírito Santo. Entre agulhas, linhas, bastidores, tecidos, tesouras, fitas métricas e máquinas, Dinha se sente completamente grata e realizada. Afinal, bordar é uma forma de expressar o que ela ama e no que acredita.