Ale Roso


Trabalha a integração das políticas públicas que atuam nas cidades, com uma visão de melhoria na vida das pessoas, as quais incluem planos e ações integradas em infraestrutura urbana, mobilidade, serviços, equipamentos públicos sociais e habitação. O Urbanismo Social foi fundamental para reduzir a violência em territórios de elevada vulnerabilidade social e conseguiu promover a redução das desigualdades através da oferta de oportunidades. 

O grande exemplo a ser seguido é a cidade de Medellín, na Colômbia, referência em Urbanismo Social, uma iniciativa que priorizou, identificar e sanar lacunas muitas vezes deixadas pelo Estado, priorizando os aspectos mais impactantes como a segurança. 


Medellín - Colômbia



Com a palavra, nossos arquitetos e urbanistas: 


Felipe Calmonetti  

Através do Urbanismo Social, as cidades podem ser pensadas a partir das condições de vida urbana em primeiro lugar, levando em consideração a adequada relação entre o cidadão e a sua experiência com a cidade, bem como os espaço públicos que são destinado para estes, e iniciativas que contribuam para a geração de trabalho e renda, bem como alternativas para o lazer e contemplando todas as tipologias de equipamentos públicos existentes que enriquecem e preenchem o cidadão com o sentimento de pertencimento e proporcionando uma relação de intimidade entre cidadão e cidade. 

A cidade e as pessoas estão sempre em constante mutação e o urbanismo deve acompanhar essa constância sempre contemplando a máxima qualidade urbanística, arquitetônica, ambiental a fim de amparar todas as necessidades plurais da sociedade, promovendo coexistência de diferentes demandas e resultando em um processo onde o cidadão cria um vínculo com a natureza e com a cidade, tornando-se parte dela. 



Daniel Rodrigues 

Na atualidade, algumas cidades brasileiras estão discutindo a habitação social e, respectivamente, o urbanismo contemporâneo. 

Qual o impacto na vida das pessoas quando se toma uma decisão urbanística? O modelo brasileiro de habitação social é um bom caminho? 

Essas são algumas das questões que reverberam pelo meio acadêmico e profissional, tanto no setor público quanto no privado, mas informo aos navegantes que ainda não temos respostas. Entretanto, sabemos que qualquer ação gera uma reação. 

A criação de áreas de interesse social para a edificação de casas ou edifícios visando atender ao déficit habitacional, para atendimento às classes menos abastadas, adensam locais mais afastados dos centros urbanos, os quais não possuem infraestrutura suficiente, gerando ao poder público novos gastos. 

Nesse contexto, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) criou a ATHIS, em consonância à Lei de Assistência Técnica para Habitação de Interesse Social (Lei Federal nº 11.888/2008), que prevê projetos e moradia digna para famílias de baixa renda. 

Em nosso entendimento, o Brasil caminha, pela primeira vez, para inovadoras soluções.



Ale Roso

Arquiteta e urbanista - CAU/MG: A93403/8, vice-presidente do IEATM, coordenadora do Loft IEATM Expocigra e uma das idealizadoras do Projeto Atma – Grupo Doze Guerreiras. Siga a Ale Roso no Instagram e no Facebook.   


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