Por Jeane Queiróz 

Educadora Financeira. Especialista em Planejamento de Finanças Pessoais


Quando falamos de finanças pessoais, notamos que a maioria das pessoas hoje em dia trabalha duro para pagar boletos, não tem dinheiro sobrando no fim do mês, não tem conhecimento sobre educação financeira e vive sem perspectiva de que um dia possa começar a investir. Ainda mais, considerando que 77% da população brasileira se encontra endividada. É um cenário preocupante, porém quando falamos sobre organização e planejamento financeiro, muitos reclamam que deve ser um processo difícil, complexo, demorado e que exige muito sacrifício. Mas, vamos analisar: 

  • Difícil e complexo: significa falta de conhecimento. A partir do momento que estudamos sobre o assunto, passamos a entender e ter clareza de como fazer;
  • Demorado:  a vida passará de qualquer forma, mas temos o poder de escolher iniciar a mudança hoje ou continuar anos da mesma forma. Um exemplo, 10 anos com dívidas vão passar da mesma forma do que 10 anos se organizando e investindo. Só que no 1º caso, os 10 anos serão de frustrações e sem realizações. No 2º caso, os 10 anos passarão de forma mais leve e ao final terá a concretização de um objetivo.
  • Exige muito sacrifício: se o objetivo é importante, será que não vale a pena pequenos sacrifícios, com prazo determinado para a realização deste objetivo? Será que a vida desorganizada financeiramente não é muito mais sacrificante?

E para iniciar esta jornada de construção de uma vida financeira mais equilibrada, vou comparar a organização financeira com o GPS que temos no celular. Para que chegarmos ao destino almejado, devemos informar a ORIGEM e o DESTINO, e o GPS nos mostrará a melhor ROTA para chegarmos ao destino. Na organização financeira também temos estes três passos, 1) conhecer onde estamos, 2) definir onde queremos chegar e 3) traçar as estratégias/rotas para chegar onde queremos. 

Para conseguirmos executar estes três passos, o importante é termos em mente que se começarmos hoje, como estaremos daqui 5, 10 anos? E se não começarmos, como será esse nosso futuro?